História do CEAMIG

X. Do marasmo surge a SEA

O Centro de Estudos Astronômicos César Lattes de Minas Gerais, após enorme fase de ascensão, caiu numa fase de crise, fase esta atribuída ao desgaste de seus sócios, que também tinham suas atividades principais, como o trabalho, a família e as atividades estudantis uma vez que a maior parte dos sócios eram universitários.

A sede do edifício Imeco, já não mais existia, e houve uma baixa substancial nas atividades do Centro.

Eduardo Janot Pacheco, Caio Márcio Rodrigues e Rodrigo Dias Társia resolveram então, para dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos por eles, fundar uma sociedade que iria funcionar quase nos mesmos parâmetros do Centro. Surge então a SEA (Sociedade de Estudos Astronômicos) que teve uma sede na Rua dos Carijós, no edifício Brasília, num apartamento cedido pelo pai de Caio Rodrigues, onde os sócios se reuniam e distribuíam tarefas entre si.

Os sócios da S.E.A eram divididos em duas categorias:

Sócios Efetivos: Era o pessoal que desenvolvia os trabalhos como por exemplo Astronomia, Física, Evolução Estrelar, História da Astronomia, etc...

Sócios Aspirantes: Participavam das observações realizadas pelos sócios efetivos e tinham o direito a assistir as reuniões e seminários feitos pelo pessoal da sociedade.

A S.E.A. era uma sociedade voltada para o estudo num nível mais alto de Astronomia. Por isto esta sociedade tinha um número reduzido de sócios, mas os que ali estavam eram jovens do mais alto nível possível, foram criadas divisões de trabalho, e havia uma pessoa que ocupava o cargo de Diretor Científico e era o responsável pelos trabalhos.

Uma vez por ano, com o objetivo de angariar verba para a aquisição de livros e assinaturas em revistas especializadas, era realizado um curso externo ministrado na Secretária de Segurança Pública.

Nos anos de 1964 e 1965 o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) expedia a licença para a realização dos cursos e enviava para assisti-los dois agentes, para verificarem se as aulas não tinham objetivos políticos. Isto demonstrava claramente o inseguro período político que o país atravessava naquela época. No entanto um dos agentes para a surpresa de muitos acabou por ficar entusiasmado por astronomia, tornando-se também sócio da SEA.

Após este conturbado período, os cursos foram transferidos para o auditório da Secretaria de Saúde e da Escola de Arquitetura. Houve também uma fase em que as palestras foram ministradas no auditório do BEMGE (Banco do Estado de Minas Gerais), na Av. Amazonas, esquina com rua Rio de Janeiro.

 
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Introdução
I. Dª Zininha Wykrota

VI. Um sonho que ainda não se tornou realidade
VII. A lei de Utilidade Pública
VIII. Os Mistérios na TV
IX. Um presente que caiu do céu
X. Do marasmo surge a SEA
XI. O Brasil e a União Astronômica Internacional
XII. Nos Observatórios americanos o OAB tornar-se-ia realidade
XIII. A bordo do Beechcraft nasce a Estação da Piedade
XIV. O Grupo de pesquisas
XV. Os trabalhos na Serra
 


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