Ocultação de estrelas por asteróides:
Dezenas de milhares de asteróides orbitam o Sol no cinturão de asteróides localizado entre os planetas Marte e Júpiter. O caminho de alguns destes asteróides no céu é bem conhecido a ponto de sermos capazes de prever com algum grau de certeza o momento em que um destes asteróides passará na frente de uma estrela desde o ponto de vista de um observador situado em algum lugar no globo terrestre.
Este tipo de observação é de grande valia para o conhecimento da órbita de um asteróide, uma vez que no momento da ocultação suas coordenadas no céu serão as mesmas que a da estrela que este oculta. Sabendo com precisão suas coordenadas no céu seremos capazes de melhorar nosso conhecimento de sua órbita.
Outro tipo de trabalho possível é a determinação do tamanho e forma dos asteróides através da sombra que a estrela, que está sendo ocultada, projeta do asteróide sobre a superfície de nosso planeta. Este tipo de observação só terá sucesso se um grande número de observadores estiverem observando a mesma ocultação. Através do relato de cada observador, desde seu posto de observação, sobre a hora de início e fim da ocultação (caso esta possa ter sido observada de seu posto) é possível determinarmos a forma do asteróide simplesmente marcando num mapa, com a localização dos observadores aqueles que puderam ou não ver a ocultação num determinado instante. O tamanho poderá ser calculado pela distância entre os postos de observação.
Infelizmente além de um grande número de observadores é necessário que estes estejam distribuidos de forma bastante aleatória sobre uma grande extensão territorial. Também é importante que seus relógios estejam bem sincronizados entre si já que o tempo típico de uma ocultação é inferior aos 5 segundos.
Uma previsão de ocultações de estrelas por asteróides é distribuida pela IOTA (International Occultation Timing Association).